Que época incrível eles viveram! O século XX foi formado por uma sucessão de mudanças e evoluções, a que eles precisaram se adaptar. Nunca a humanidade mudara tão rápido em tão pouco tempo. É nesse rumo de adaptação e adirmação que segue a segunda temporada de The Crown, série da Netflix que retrata a vida da Rainha Elizabeth II.
Competência da jovem monarca vão ficando para trás neste segundo ano. Elizabeth (Claire Foy) agora precisa lidar com a impulsividade do marido, a insatisfação da irmã com as exigências em sua vida amorosa e o início da independência de várias colonias do império britânico. Tudo isso, lidando com a burocracia e responsabilidades de seu cargo.
Situações importantes na trajetória de sua protagonista. Entre eles, o crítico que à contragosto de todos, apontou a necessidade de modernização. O relacionamento entre o prícipe Philip (Matt Smith) e seu filho Charles (Julian Baring). Além do desfecho da trajetória do Duque de Windsor (Alex Jennings), o tio de Elizabeth que abdicou do trono para se casar com uma mulher divorciada.
Desesperança à rebeldia no caminho para encontrar seu papel na família real. junto com Foy e Smith, Kirby completa o trio de atores que mais vemos em cena, e que também parecem completamente confortáveis na pele os personagens que construíram. Já entre as novas adições contam com Matthew Goode (Downton Abbey) e Michael C. Hall (o Dexter da série homônima), se destacam.
Regente que consegue evoluir com os novos tempos e precisa ser firme com a imutável geração anterior, aprender com as críticas e ainda lidar com a "humanidade" da família real em contraponto com a rigidez de sua função. O peso de tantas responsabilidades é visivel tanto na postura, quanto no semblante e maneirismos da rainha. Estes últimos se assemelhando aos poucos com o gestual da regente que conhecemos na vida real.
Apesar de ainda deslumbrante. Além deles, fotografia, direção de arte e maquiagem, continuam a entregar um excelente trabalho de reconstrução de época e criação da atmosfera para atender aos diferentes momentos da narrativa.
Mais conhecidas e importantes do último século. E tendo uma mulher como protagonista, ainda sobra espaço para abordar seu empoderamento apesar das restrições da época e cargo (sim, uma rainha também tem limites!). Ritmo próprio, roteiro bem escrito, a série tem no elenco um de seus pontos mais fortes. É uma pena termos que nos despedir de Foy, Smith e Kirby na terceira temporada, que vai escalar atores mais velhos para os papéis.
O terceiro ano já foi confirmado, deverá abranger o período de 1957 a 1964 com Olivia Colman assumindo o manto de protagonista.
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